A McLaren, que está às vésperas de ser campeã no Mundial de Construtores, precisará se "esforçar" muito para perder o título de pilotos, seja com Piastri ou Norris, para o tetracampeão Max Verstappen.

Terá de fazer muito mais bobagens do que ela mesma fez em 2007 com sua dupla Hamilton e Alonso, entregando de "mão beijada" o título ao ferrarista Kimi Raikkonen.

A expressão "entregar de mão beijada" é boa e apropriada para a ocasião.

Gosto dela.

Ou a Williams em 1986, que patinou com Piquet e Mansell, para alegria de Alain Prost (McLaren).

A geração Netflix, que desembarcou de Marte em 2019, pensando que a Fórmula 1 começou com o dispensável "Drive to Survive", sequer imagina que Hamilton e Alonso dividiram os mesmos boxes...

A missão de Verstappen é, no mínimo, hercúlea.

Gosto ainda mais desta outra expressão: hercúlea.

Restando sete etapas para o término do campeonato (incluam aí três sprints), o holandês está 69 pontos defasado em relação a Piastri e 44 atrás de Norris.

Pelo pouco que a Ferrari tem feito nos últimos GPs, a Mercedes seria uma "aliada" de Verstappen nesta matemática.

Explico.

O time dos carros prateados vive um momento favorável, de velas enfunadas.

Aí está outra expressão que gosto muito: velas enfunadas.

Sim, a Mercedes, sobretudo com Russell, pode "roubar" pontos preciosos da McLaren nesta reta final de Mundial.

Ser o "fiel da balança".

Pronto, cheguei a mais uma expressão bacaninha...

Claro, a Red Bull tem de fazer sua parte.

Cabe ao seu departamento de engenharia buscar um milésimo aqui, outro ali...

O RB21 não é a maravilha que foram os carros de Verstappen em suas quatro conquistas anteriores.

Mas o time austríaco parece estar trabalhando em maior harmonia, após a saída de Christian Horner.

O francês Laurent Mekies, que entrou em seu lugar, trouxe uma leveza necessária, que talvez, no "frigir dos ovos" (outra expressão maravilhosa), compense a multa milionária que a Red Bull precisou desembolsar para se livrar de Horner.

Se, repito, os engenheiros da Red Bull conseguirem fazer o carro evoluir, Verstappen dá conta do recado e creiam, levanta o pentacampeoanto mais improvável dos últimos tempos.

Aí, se igualará a Fangio.

Não somente em número de títulos (cinco), como pela forma como conquistou o penta, com um carro inferior à favorita.

Fangio, de Maserati em 1957, ganhou em cima da Ferrari, proporcionalmente a McLaren de hoje...

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