Longe de mim dar conselho a quem quer que seja.

Mas, como uso este espaço para falar de automobilismo, posso imaginar o que seria se Lewis Hamilton resolvesse mudar de ares, deixando sua "zona de conforto" na Mercedes para encarar um desafio instigante na Ferrari.

Reiteradas vezes, o heptacampeão disse que seu sonho de menino era pilotar pela McLaren.

Verdade seja dita, desde bem tenra idade já foi abraçado pelo time de Woking, nos tempos de "vacas gordas", quando este tinha como comandante um sujeito competente chamado Ron Dennis.

"Bateu na trave" em seu ano de estreia, 2007, terminando a temporada como vice-campeão. No ano seguinte, faturou o título pela McLaren, onde ficou até 2012.

Depois, na Mercedes, foi outras seis vezes campeão, mas o ano passado foi terrível para o time, com um péssimo carro.

E 2023 se mostrou outro desastre, não fossem as alterações feitas no W14, que se provaram eficientes e capazes de recolocar a equipe em lugar de destaque, ainda que esteja fora do páreo na disputa contra a Red Bull. Entenda-se, Versappen.

E justamente esta melhora no carro, possivelmente seja aquilo que faltava para que Hamilton decida renovar seu contrato.

Sem dúvida é mais cômodo permanecer por lá, ainda que tenha um companheiro de equipe forte como Russell demonstra ser.

Mas ele poderia se impor a um desafio novo, como fez quando deixou a McLaren para apostar na Mercedes, e mudar de "mala e cuia" para Maranello.

Hamilton, com seu histórico robusto, não precisa de convite da Ferrari.

Basta ele mandar uma mensagem para o time italiano dizendo que está disposto a correr por lá a partir de 2024.

A Ferrari que arrume um jeito de se livrar de um de seus pilotos, Sainz ou Leclerc.

Ao lado de Hamilton, qualquer um deles será mero coadjuvante.

E Hamilton, de macacão vermelho, será o sujeito mais fotografado do paddock.

E se tirar a Ferrari do jejum de títulos, o que não é impossível, entra para o seleto grupo de pilotos intocáveis do time mais desejado da Fórmula 1.

Mas parece que para Hamilton, a Ferrari não é um objeto de desejo tão especial assim.

Uma pena.   

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