As hegemonias existem para que sejam quebradas.
Alguém já disse isso.
Se não disse, deveria ter dito...
Fato é que a Fórmula 1 vive uma hegemonia dos diabos desde 2014, com a Mercedes.
Comungo da opinião de Claudio Carsughi, que costuma usar um ditado português para estes casos:
"Quem não tem competência, que não se estabeleça!"
A Fórmula 1 é um restrito circo de abastados, de cabo a rabo.
Por isso, bem por isso, não tenho compaixão por quem anda no fundo do pelotão.
Alguns que hoje estão por lá já andaram na frente e, empertigados, subiram em cima da mesa e distribuíram as cartas.
Faz parte do jogo.
Quem quiser moleza nessa vida que arrume um sugar daddy ou uma sugar mommy.
E passe o dia balançando na rede, com a gata do filho do dono da casa no colo...
Com cara de Madalena arrependida...
Tanto faz, se a de Donatello ou de Caravaggio.
Afinal, Madalena é Madalena desde que o mundo é mundo...
Vale dizer que a Mercedes da Fórmula 1 não é "100% Mercedes".
Não foi a Daimler, dona da marca Mercedes, que juntou projetistas, engenheiros e mecânicos e decidiu, "do zero", começar um time de Fórmula 1.
Isso se desenhou em 2009.
Então já fornecedora de motores para alguns times, decidiu comprar a Branw-GP (ex-Honda) e cravar sua estrela de três pontas no bico dos carros de Nico Rosberg e de Michael Schumacher, que voltava à categoria.
Schumacher mostrou-se como um arremedo do que fora anos antes, quando venceu sete títulos mundiais.
Saiu de fininho, abrindo espaço para Lewis Hamilton.
De 2014 até agora, Hamilton só não ganhou o campeonato em 2016, que ficou com Nico Rosberg.
A Mercedes faturou todos os títulos entre os construtores.
E desde 2017, Lewis não tem adversário à altura.
Bottas é um coadjuvante.
A diferença dele para Hamilton é infinitamente superior àquela entre Schumacher e Barrichello, por exemplo.
Se Hamilton deixar a Mercedes agora e contratarem um piloto do mesmo calibre (fino) de Bottas para o seu lugar, o time corre sério risco de ser superado por outras forças em ascensão.
É Hamilton quem faz a diferença, em que pese a qualidade do carro.
Mas não vou colocar minha nau com as velas enfunadas.
Vou remar contra a maré.
Tem muita gente dizendo que a Mercedes está "estragando" a F1, por vencer tanto...
No fundo, ela causa antipatia por vencer.
No popular, dor de cotovelo.
E, talvez por isso, resolva tirar o time de campo.
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