Wilson Fittipaldi, pai de Emerson e Wilsinho Fittipaldi, foi um grande piloto nos primórdios do automobilsimo brasileiro, empresário e radialista, morreu aos 92 anos de idade, no dia 11 de março de 2013, em decorrência de problemas respiratórios e coronarianos, no Hospital Copa D´Or, zona sul do Rio de Janeiro, onde estava internado desde 25 de fevereiro do mesmo ano.
Nascido em 4 de agosto de 1920, em Santo André-SP, cobriu durante muitos anos a Fórmula 1 pela Rádio Jovem Pan até aposentar-se.
Conhecido como Barão, também foi comentarista do saudoso "Record em Notícias" da Rede Record, conhecido como "Jornal da Tosse", na década de 1980.
Wilson acompanhou "in loco" a construção do autódromo de Interlagos em São Paulo. Conta o Barão, que no final da década de 1930 chegar até esta região era muito complicado.
"Pagava-se pedágio de mil e poucos réis para passar sobre uma ponte limítrofe à pista porque a estrada de acesso ao autódromo cortava um loteamento pertencente à companhia Auto-Estradas, construtora do circuito", contou certa vez.
Sua imparcialidade aos transmitir as provas era visível. A ponto de Maria Helena Fittipaldi, a primeira esposa de Emerson, ter comentado que o Barão jamais fez apologia aos filhos enquanto empunhou o microfone.
No entanto, abriu espaço para um emocionado discurso quando Émerson foi campeão mundial de Fórmula 1 pela primeira vez, em 1972. guiando pela Lotus.
Idealizou as Mil Milhas Brasileiras em 1956, prova vencida pela dupla Catharino Andreatta e Breno Fornari, e narrou a primeira vitória de um brasileiro em uma prova internacional de automobilismo, o GP de Bari de 1948, que foi ganho por Chico Landi. A transmissão foi ao ar pela Rádio Panamericana (atual Jovem Pan).
Em 07 de setembro de 1961 foi fundada a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), em iniciativa liderada justamente por Wilson Fittipaldi, junto das federações de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além dos automóveis clubes de Brasília (DF) e Blumenau (SC).
Foi casado durante 63 anos com a Sra. Juzy Vojciechoski Fittipaldi, que também pilotou carros nas décadas de 40 e 50, e morreu em 2006.
O Barão morou os últimos anos de sua vida no Rio de Janeiro, em busca de de uma cidade com menos poluição, em razão de seus problemas respiratórios.
Abaixo, imagens com o áudio com os momentos derradeiros da etapa final do Mundial de 1972 da Fórmula 1, em Monza, Itália, quando Emerson Fittipaldi sagrou-se campeão da categoria pela primeira vez, com a Lotus
ABAIXO, PROPAGANDA DA PIRELLI, DE 1983, COM WILSON FITTIPALDI. O "BARÃO", A BORDO DE UM PASSAT DACON INTERAGIU MUITO BEM COM O "GUARDA", QUE O INTERPELOU COM UMA MOTO AMAZONAS