Emerson Fittipaldi

Bicampeão de F1
por Marcelo Rozenberg e Marcos Júnior Micheletti

Nascido na cidade de São Paulo em 12 de dezembro de 1946, Emerson Fittipaldi é um dos maiores nomes do automobilismo brasileiro e mundial em todos os tempos.
 
Foi duas vezes campeão mundial de Fórmula 1, em 1972 e 1974, e uma da Fórmula Indy norte-americana, em 1989.

Venceu em duas ocasiões as 500 Milhas de Indianápolis (1989 e 1993), a mais tradicional prova do automobilismo americano.
 
FILIAÇÃO A PARTIDO DE EXTREMA DIREITA NA ITÁLIA
 
Em 15 de agosto de 2022 diversos veículos de imprensa no Brasil divulgaram que Emerson Fittipaldi concorreria a uma vaga para o Senado na Itália, em setembro do mesmo ano, pelo partido de extrema direita Fratelli d´Italia, cuja líder, Giorgia Meloni, se declarou em diversas ocasiões como admiradora de Benito Mussolini, ex-ditador italiano, personagem abominável responsável pela criação do fascismo, alinhado ao nazista Adolf Hitler. Emerson Fittipaldi não foi eleito.
 
PROBLEMAS COM A JUSTIÇA
 
Uma reportagem exibida no programa "Domingo Espetacular", da Record, em 3 de abril de 2016, relatou que Emerson estava em situação de falência, devendo a muitos credores, em torno de 27 milhõres de reais. Alguns de seus bens, inclusive carros de F1 da equipe Copersucar (restaurados pela Dana) e da Indy, foram apreendidos, assim como troféus e outros bens de seu escritório (computadores, mesas e cadeiras). 
 
Ainda de acordo com a matéria exibida pela Record, Emerson, que nos anos 90 foi um importante produtor de laranjas em Araraquara, interior de São Paulo, também enfrenta problemas no setor rural. Das várias propriedas que tinha só restou uma, que foi arrendada para cultivo de cana-de-açúcar. Um funcionário da fazenda confirmou as dificuldades enfrentadas pelo patrão.
 
Uma semana depois, em 10 de abril de 2016, foi entrevistado pelo programa `Fantástico´, da Rede Globo, confirmando seu endividamento, segundo ele por volta de 25 milhões de reais. Ele disse que esse valor é bem inferior ao seu patrimônio e pediu desculpas aos seus credores, dizendo estar trabalhando para encontrar soluções para saldar as dívidas.
 
Em 18 de julho de 2016 a Justiça suspendeu a penhora de seus bens, carros e troféus, objetos que ficaram retidos em um galpão do Banco ABC Brasil.
 
Em 9 de novembro de 2016 foi divulgado que Emerson Fittipaldi entrou com uma ação no valor de R$ 200 mil contra a TV Record e o Banco ABC/Brasil por conta da matéria exibida pela emissora em 3 de abril do mesmo ano.
 
Em 16 de fevereiro de 2019 o UOL divulgou que a Justiça de São Paulo havia bloqueado as contas bancárias ligadas a Emerson Fittipaldi e sua empresa, a EF Marketing e Comunicação com o Banco do Brasil em razão de uma dívida de R$ 560.694,50. As nove contas de Emerson e de sua empresa, entretanto, estavam zeradas. De acordo com o Banco do Brasil, a origem da dívida é um empréstimo de R$ 195.595,73 que a instituição fez ao ex-piloto em 2014.
 
O UOL, mais uma vez, em 19 de setembro de 2022, publicou uma extensa matéria, escrita pelos colunistas Demétrio Vecchioli e Luis Augusto Simon, com o título "As Barbeiragens de Emerson", detalhando os problemas financeiros do ex-piloto. Clique aqui e veja a matéria completa.
 
VIDA PESSOAL
 
Emerson é pai de sete filhos: Juliana, Jayson, Tatiana, Joana, Luca, Emmo e Vittoria.
 
Atualmente é casado com Rossana Fanucchi, com quem teve seus dois últimos filhos (Emmo e Vitória). Com Maria Helena, sua primeira mulher, teve os três primeiros filhos, e os outros dois com teresa, a segunda esposa.
 
CARREIRA NO AUTOMOBILISMO

O ex-campeão mundial entrou para o automobilismo como mecânico de kart. E foi por meio do saudoso Colin Chapman, então diretor da Lotus, que ingressou na Fórmula 1 em 1970. Sua primeira corrida aconteceu no dia 19 de julho daquele ano, o GP da Inglaterra, em Brands Hatch. Na corrida seguinte somou os primeiros pontos na categoria.

Foi campeão mundial de pilotos pela Lotus em 1972, repetindo o feito em 1974, pela McLaren.

Venceu o Grande Prêmio do Brasil em 1973 (pela Lotus) e em 1974 (pela Mclaren). No mesmo ano aconteceu uma etapa não válida pelo campeonato mundial de Fórmula 1em Brasília e Emerson também venceu.

Em 1976, junto ao seu irmão Wilson Fittipaldi Júnior, o Wilsinho, fundou a equipe Fittipaldi de Fórmula 1, inicialmente patrocinada pela Copersucar, empresa brasileira do setor de açúcar e álcool.

Em 1978 conseguiu o melhor resultado da equipe, com o segundo lugar no Grande Prêmio do Brasil, em Jacarepaguá.

Em 1979 Emerson adquiriu a equipe Wolf, com o objetivo de alavancar tecnicamente o time para o ano seguinte e conseguiu.

No campeonato de 1980, a equipe terminou em 8º lugar, à frente da Ferrari, que foi a décima. Em março de 1980, Emerson subiu pela última vez ao pódio na F1 ao obter o terceiro lugar no GP dos Estados Unidos.

Na época, o finlandês Keke Rosberg era o companheiro do brasileiro, permanecendo até 1981.

Os elevados custos da categoria e a saída da Copersucar dificultaram as coisas para a equipe, que fez em 1982 sua última temporada, com apenas um piloto, o brasileiro Chico Serra. Antes dele, outros brasileiros, também defenderam a equipe: Alex Dias Ribeiro, Ingo Hoffmann e o próprio Wilsinho. O italiano Arturo Merzário também guiou para o time Fittipaldi.

Em 1984 estreou na Fórmula Indy. Em 1989 foi campeão da categoria com cinco vitórias, uma delas nas 500 Milhas de Indianápollis, feito que repetiu em 1993.
 
Em 1996 sofreu um grave acidente durante o GP de Michigan, fraturando a sétima vértebra. O acidente afastou Emerson das pistas, mas ele acabou não resistindo e participou de algumas provas da GP Masters em 2005, categoria que reunia veteranos pilotos, como Nigel Mansell, Ricardo Patrese, René Arnoux, Andréa de Cesaris, Jacques Laffitte, Derek Warwick e Alan Jones, entre outros.

Em 2008 formou dupla com seu irmão Wilsinho na GT3 brasileira, pilotando um Porsche e em junho de 2010 aceitou o convite da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para ser comissário no Grande Prêmio do Canadá, em Montreal.

Em 27 de fevereiro de 2012 foi um dos homenageados da Semana Cultural da Velocidade, o Velocult, realizado no Conjunto Nacional, em São Paulo.

Em 15 de setembro de 2012 Emerson esteve em Interlagos acompanhando as 6 Horas de São Paulo, prova válida pelo Mundial de Endurance da FIA (Federação Mundial de Automobilismo), organizada por ele.

Em 08 de março de 2014 foi nomeado presidente da Comissão de Pilotos da FIA.
 
Entre 31 de agosto e 1º de setembro de 2013 organizou pelo segundo ano consecutivo as 6 Horas de São Paulo, quarta etapa do Campeonato Mundial de Endurance, em Interlagos.
 
Em 18 de novembro de 2014 anunciou sua participação nas 6 Horas de São Paulo, última etapa do Mundial de Endurance (WEC) com uma Ferrari 458 Itália.
 
Na prova, disputada em 1º de dezembro de 2014, em parceria com o italiano Alessandro Pier Guidi e o norte-americano Jeffrey Segal, terminou em sétimo lugar em sua categoria, 23º na geral. 
 
No dia 11 de novembro de 2018, falando diretamente de Interlagos, Emerson Fittipaldi conversou com o apresentador Milton Neves durante do Domingo Esportivo Bandeirantes. Ouça a íntegra abaixo:

ABAIXO, VÍDEO DAS VOLTAS FINAIS DAS 500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS DE 1989, QUANDO EMERSON VENCEU A PROVA PELA PRIMEIRA VEZ. NARRAÇÃO DE LUCIANO DO VALLE (REDE BANDEIRANTES).

ABAIXO, VÍDEO DAS VOLTAS FINAIS DAS 500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS DE 1993, QUANDO EMERSON VENCEU A PROVA PELA SEGUNDA VEZ. NARRAÇÃO DE TÉO JOSÉ (REDE BANDEIRANTES).

Em 22 de outubro de 2012, durante o lançamento do livro de Claudio Carsughi (Claudio Carsughi - Meus 50 Anos de Brasil), Emerson Fittipaldi foi entrevistado por Marcos Júnior Micheletti, editor de automobilismo do Portal Terceiro Tempo, sobre o acidente de  Ronnie Peterson durante o GP da Itália de 1978, que levou o piloto sueco à morte algumas horas depois Ouça, no player abaixo:

Em 28 de março de 1976, pela Copersucar-Fittipaldi, marcou o primeiro ponto da equipe brasileira na Fórmula 1, no GP dos Estados Unidos/Oeste, disputado no circuito urbano de Long Beach. Emerson Fittipaldi foi o sexto colocado na prova vencida pelo suíço Clay Regazzoni (Ferrari). Veja, abaixo, alguns momentos da corrida

Em 31 de outubro de 1996, no programa "Gente que brilha", do SBT, então apresentado pelo saudoso Blota Júnior (1920 - 1999), Emerson Fittipaldi foi homenageado. No trecho abaixo, George Harrison, ex-Beatle, canta para o piloto, que se recuperava de acidente na Fórmula Indy

Em 08 de julho de 2019, emocionado por guiar sua Lotus de 1972 no Festival de Goodwood, na Inglaterra

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Na Fórmula 1:

Disputou 144 corridas, com 14 vitórias e seis poles. Marcou 281 pontos e conquistou dois títulos: em 1972 pela Lotus e em 1974 pela McLaren.

Na Fórmula Indy:

Venceu 22 corridas e conquistou 12 poles. Venceu as 500 Milhas de Indianápolis por duas vezes (1989 e 1993), ambas pela Penske, equipe pela qual conquistou o título da categoria em 1989.

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