Aimé Jacquet faz parte do seleto grupo de treinadores que já conquistaram uma Copa do Mundo. Seu último grande feito foi levar a Seleção Francesa de futebol, em 1998, ao título mundial jogando em território nacional.
Natural da pequena cidade de Couzan, próxima de Lyon, e situada na região central da França, Aimé nasceu no dia 27 de novembro de 1941 e começou sua carreira como jogador (na posição de volante) na equipe do Saint-Étienne, no início da década de 60.
Por 13 anos consecutivos, Aimé Jacquet defendeu as cores do maior clube de sua cidade natal, conquistando diversos títulos de relevância nacional. Em 1973, acertou sua ida para o Olympique de Lyon, time de pretensões modestas, que só muito tempo mais tarde se consolidaria no cenário europeu.
A carreira de comandante durou até 1975, quando decidiu aposentar-se e, no ano seguinte, assumiu o cargo de treinador do próprio Lyon: sua primeira experiência como técnico.
Após cinco anos no clube, mudou-se para o oeste francês, aceitando o convite do Bordeaux, um dos melhores times no início de 1980 na França. Ao todo, foram nove temporadas a frente dos Girondinos, sempre deixando um rastro de conquistas pelo país.
Entre 1989 e 1993, Aimé Jacquet passou por Montpellier e Nancy, equipes de menor representatividade no campeonato local, mas que serviram como uma vitrine para que o treinador chegasse ao topo de sua carreira: ser técnico da Seleção Francesa.
Entre 1993 e 1998, ano que a França recebeu a Copa do Mundo, o treinador chegou a balançar no cargo. Fracassou na Eurocopa e seu melhor jogador para o mundial, o meio-campista Djorkaeff já não atravessava uma grande fase.
Na primeira fase da competição, três vitorias sobre Dinamarca, África do Sul e Arábia Saudita, resultados que não trouxeram confiança para o torcedor francês. Nas oitavas-de-final, o Paraguai apareceu pelo caminho e com ele o goleiro Chilavert, que atravessava um momento glorioso. Em um jogo muito disputado e só com um gol de ouro, os franceses conseguiram avançar.
Empate no tempo normal e vitória nos pênaltis. Foi assim que a anfitriã bateu a Itália, atual vice-campeã do mundo. Na semifinal, a perigosa Croácia do artilheiro Davor Süker, que não foi suficiente para a força do time da casa: 2 a 1 e vaga na decisão contra o Brasil.
Na final da Copa de 1998, a França contou com uma exibição de gala de Zinedine Zidane, autor de dois tentos na decisão, vencida por 3 a 0. Aimé Jacquet aproveitou a maior glória de sua carreira para fechá-la com chave de ouro, deixando o cargo no final do Mundial.
