Ídolos de várias torcidas e figuras de reconhecimento internacional no futebol, o argentino Diego Maradona, Zico e o hoje executivo de futebol do São Paulo, Raí, estiveram perto de brilhar com a camisa do Palmeiras nos anos 90.
Tudo em função da Parmalat. A multinacional italiana foi co-gestora do futebol do Verdão durante oito anos (de 1992 até 2000). No início da parceria, a empresa tentou emplacar contratações de impacto para colocar o próprio nome em evidência.
Argentino achou que pegaria mal
Maradona foi o primeiro da lista e o negócio só não avançou porque o craque argentino preferiu não atuar no país vizinho. "Eu me mandei para a Argentina e falei com o procurador dele. E o procurador me disse "olha Brunoro ele pediu desculpas, mas ele não quer, por questões argentinas, jogar no Brasil". A gente já ia começar a falar de grana", relembra José Carlos Brunoro, diretor-executivo da Parmalat à época, em entrevista ao programa Na Geral, da Kiss FM.
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Zico: cedo para virar vidraça
A tentativa de trazer Zico para o Palestra Itália ocorreu quando o Verdão já tinha saído da fila. Aliás, no fim de 1994, com a parceria, o Palmeiras ostentava os bicampeonatos Paulista e Brasileiro (93/94) e o Rio-SP de 93. Conquistas conduzidas por Vanderlei Luxemburgo, cujo contrato chegava ao fim naquele ano e que decidira trocar o alviverde pelo Flamengo.
A solução encontrada pela diretoria e pela Parmalat foi ousada. Zico estava encerrando a carreira no futebol japonês e ouviu de Brunoro um "quer ser treinador?". De acordo com o dirigente, o Galinho pensou e respondeu em reunião que realizaram para discutir a proposta: "Eu vou ser vidraça muito cedo", contou o ex-dirigente.
Zico se tornou técnico alguns anos depois, em 1999, quando dirigiu o Kashima Antlers, do Japão. No Brasil, o eterno craque do Flamengo nunca comandou nenhuma equipe.
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Raí evitou desgaste com tricolores
Brunoro não lembra bem o período em que tentou levar Raí para o Palmeiras. Mas o próprio ex-jogador, em entrevista ao programa Aqui com Benja, no canal Fox Sports, relatou a passagem como sendo de 1992, ano anterior à sua saída para a França.
"Chegamos a conversar. Mas ele disse "vai ser complicado. Tenho muita imagem com o São Paulo". Tentei me meter ali no meio", revelou Brunoro.
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Ouça trecho da entrevista de José Carlos Brunoro ao programa Na Geral:
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