A imigração japonesa para o Brasil, de forma oficial, teve início há exatos 117 anos, em 18 de junho de 1908, com a chegada do grandioso navio Kasato Maru, que aportou em Santos trazendo mais de 700 lavradores que foram trabalhar prioritariamente no oeste paulista, nas lavouras de café.
No lugar mais japonês do Brasil, o bairro da Liberdade, com seus tradicionalíssimos restaurantes, se encontram desde lojinhas onde repletas de mangás com suas meninas de olhos enormes, até os amuletos maneki neko, aqueles gatos que ficam com uma das patas levantadas, segundo a tradição, para atrair sorte.
LIGAÇÃO ENTRE BRASIL E JAPÃO NO ESPORTE
Não foram poucos os japoneses nativos ou descendentes que se destacaram no esporte brasileiro, bem como os brasileiros que fizeram o caminho contrário, encantando os japoneses.
SÉRGIO ECHIGO, filho de japoneses, jogou pelo Corinthians entre 1964 e 1965, e notabilizou-se por ter inspirado Rivellino no mais emblemático drible do "Reizinho do Parque", o famoso elástico. Eles jogaram juntos pelos aspirantes do Corinthians.
Depois de jogar pelo Timão, Echigo jogou pelo Bragantino e fez o caminho inverso, ou seja, foi jogar no Japão, pelo Towa Fudosan. Hoje, mora em Tóquio.
KANECO, o Alexandre Carvalho, que morreu aos 70 anos em 18 de abril de 2017, também inventou um drible, a exemplo de Sérgio Echigo, a "carretilha", que aliás está muito bem documentada no vídeo abaixo, em partida do Santos contra o Botafogo de Ribeirão Preto na Vila Belmiro, em 09 de março de 1968. Kaneco aplicou o drible sobre o lateral Carlucci e cruzou para o centroavante Toninho Guerreiro marcar na vitória do Peixe por 5 a 1.
PAULINHO KOBAYASHI, foi outro descendente de japoneses que atuou pelo Santos, assim como Kaneco. Hoje treinador, Kobayashi até jogou fora do Brasil, mas não por equipes japonesas. Ele defendeu quatro times gregos, entre 1999 e 2003.
KALÉ, o Dorival Carlos Esteves, que nos deixou em 26 de janeiro de 2020, tinha uma forte ligação com o Japão. Ele foi o primeiro brasileiro a atuar no futebol japonês, pelo Yanmar Diesel de Osaka (depois Cerezo Osaka), estreando pelo time em 1968. Antes, no Brasil, jogou pelo Juventus.
Vigoroso lateral-direito, Kalé residia em Botucatu, cidade onde nasceu em 5 de março de 1948. Foi eleito o melhor lateral-direito do futebol japonês por três anos consecutivos (Chuteira de Ouro, em 1970/71/72).
"Fui o primeiro negro a atuar no futebol japonês e nunca sofri preconceito. Sempre fui muito respeitado e querido no Japão, um país maravilhoso", disse o saudoso Kalé em entrevista ao Portal Terceiro Tempo no dia 10 de setembro de 2014.
CLIQUE AQUI E VEJA A ENTREVISTA COMPLETA DE KALÉ A MARCOS JÚNIOR MICHELETTI NA REDAÇÃO DO PORTAL TERCEIRO TEMPO.
KAZU, o Kazuyoshi Miura, o ex-pont que vestiu a camisa do Santos, nasceu em Shizuoka, no Japão, em 26 de fevereiro de 1967.
Segue jogadndo futebol, aos 58 anos, pelo Suzuka Point Getters, clube japonês da 4ª Divisão. É, de acordo com o levantamento da FIfa, o atleta profissional mais velho na ativa.
Foi o primeiro jogador da Terra do Sol Nascente a atuar em clubes que não os de seu país. Após ser revelado profissionalmente na Vila Belmiro, correu o mundo atrás da bola vestindo as camisas do XV de Jaú, Coritiba, Genoa, da Itália, Dinamo Zagreb, da Croácia, Yokohama FC, do Japão, e Sidney, entre outros.
HUGO HOYAMA, um dos bons mesatenistas brasileiros, é outro atleta que nasceu no Brasil mas é descendente de japoneses. Ele conquistou dez medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos e participou de uma Olimpíada, em 1996, em Atlanta, terminando em nono lugar.
ZICO, o "Galinho de Quintino", não foi amado apenas entre os brasileiros, sobretudo os flamenguistas. Arthur Antunes Coimbra fez sucesso na Terra do Sol Nascente entre 1991 e 1994, período em que conquistou quatro títulos pelo Kashima Antlers, aliás seu primeiro clube como treinador. Também comandou a seleção japonesa entre 2002 e 2006, incluindo a participação da equipe na Copa de 2006, na Alemanha.
AYRTON SENNA (1960-1994) teve uma ligação extremamente grande com o Japão. Entre 1987 e 1992 competiu na Fórmula 1 com motores Honda, e seus três títulos na categoria foram com os propulsores japoneses, todos pela McLaren (1988, 1990 e 1991).
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